terça-feira, 10 de maio de 2011

Poema

fesso amargurado, envelheci precocemente
São tantos os conceitos que não compreendo mais
Valores que norteavam o procedimento humano
Perderam-se sem sentido no meio dos mortais
 
Vejo a ÉTICA desfigurada pelo engodo traiçoeiro
Vejo homens que se prestam a servis interesseiros
Vejo pragas que se alastram e embaçam a visão
Em condutas vergonhosas, lamentável aberração.
 
Vejo aqueles que ponderam de forma tão sutil
Preparando argumentos para um tropeço vil
Que por vezes escancara as raias do absurdo
Que não resta outra saída: seja cego, surdo, mudo.
 
Mas ainda temos loucos de loucura tão pungente
Que acreditam ser possível salvar a nossa mente
Da tortura tão em voga sem perder a condição
De ser gente decente sem de a ÉTICA abrir mão.
 
Por isso sempre digo, já não passo de um louco
Acredito nos motivos que movem estes poucos
Que colocam atrevidos, a ÉTICA por condição
Para erguer toda decência - não há outra solução.
 
 
Agamenon Almeida

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